O SOM DO SILÊNCIO
Esse murmúrio que ouço
Nas horas mortas da noite,
É a voz do rio que canta,
É a relva verde que dança,
Ao som do vento que uiva.
É o balé lúdico das gotas de orvalho
Que rolam no tobogã das folhas.
É a florzinha que estréia
Embalada nos braços da poesia.
É a folha nova que nasce
No lugar da velha que cai.
Nada nesse momento funciona,
Toda vida estaciona,
Só a natureza inspeciona,
Esse sagrado ritual.