A Lira da paz

Jorge Linhaça


Canta a alma dos poetas;
versos de amor e de paz;
canta nas rimas incertas;
aquilo que lhes compraz.

Toca a doce lira da poesia;
dedilha as cordas afinadas;
cantando assim sua utopia;
pela paz por eles almejada.

Harpejos de pura emoção;
sustenidos dos sentimentos;
afinados no fausto diapasão;
das alegrias e dos tormentos.

Ó, paz, que nos recubras tu;
com o manto da serenidade;
recobrindo o nosso corpo nu;
em meio a tanta adversidade.

Ó, paz, minha musa fugidia;
vem nossas almas acalentar;
e o véu da noite transformar;
no alvorecer de um novo dia.