Serenidade

É o tempo que rasteja

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Da vida e da espera,

E quem dera,

Tomá-lo como a liberdade!

Tocar suas idades,

Troçar de sua pressa,

Ocultar seu uivo de razão...

Viver de nudez e desmazelas,

Afrontar os medos,

Duvidar das donzelas,

Foram elas,

Que endoidaram o sossego!

A liberdade namora o tempo,

Quando um chora,

O outro consola a vida...

A serenidade é troféu de poucos,

Orna uma janela,

Mas frágil nas mãos de loucos,

E tampoucos,

Crêem que ela só contém a paz!

Cálido é o sossego da alma,

Que faz o ateu orar,

E unir-se a si próprio.

Se alguém falar que haverá finais

Guiados pelo tempo,

Então haverá portais,

E do silêncio, todos os sinais.

Nadilce Beatriz
Enviado por Nadilce Beatriz em 20/08/2010
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