Pausa

Em meio às antológicas dificuldades que venho enfrentando,

Uma pequena pausa é o que vem despontando.

Estou parando para respirar,

Para tentar me recuperar,

Do tamanho desgaste a que tenho sido submetido,

E, que tanto tem me abatido,

Tem me reduzido,

Consumido...

Uma fase que para ser considerada ruim,

Teria que melhorar...

Ridícula, repetitiva,

Tremendamente aflitiva,

Com ares de fim...

Um momento para ser esquecido,

De tão sem sentido;

Majoritariamente destrutivo,

De tão negativo!

Estava difícil de respirar...

Agora, consegui apanhar o fio

Para reorganizar o novelo,

Para seguir com meu enredo.

Uma pausa para os pulmões,

Para serem reorganizadas as sensações,

Para acender o último pavio,

Antes de fechar as janelas,

Içar as velas

E ir ter com o mar,

Que não se cansa de me chamar.

A cada volta da tempestade,

Fico mais próximo do Norte,

Mais íntimo da sorte...

Mais valorizo a tranquilidade.

Mais me asseguro do sonho,

Estampado em meu corpo;

Mais acredito na perenidade,

Contida nos passos evolutivos,

Na necessária serenidade,

Para assimilar o construtivo.

Sei que ainda falta muito,

Para terminar de reformar o meu mundo.

Mas, acredito piamente,

Conscientemente,

Que o terrorismo psicológico acabou.

O pior, já passou!

Eu sobrevivi

Em poesia, até aqui.

Não há medo que me faça retroceder.

A noite ensaia amanhecer.

Mas, agora preciso me recostar

E descansar...

Vídeo recomendado:

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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 06/08/2010
Código do texto: T2421350