Paz

Tem cabimento, um mundo sem sentimento.

Não pode ter cabimento, em uma bala de fuzil.

Tem de ter cabimento no mar Azul Anil

Onde as águas cristalinas pedem paz

Onde as ondas choram

Por assistirem da praia como as pessoas se devoram

Aonde chegam ao mar de madrugada, gritos que apavoram

Um dia o mar chorou pela violência

Uma Sereia em total beleza pelo belo dia se encantava

Subitamente estampidos secos

Em sua total inocência. Pensou ser o mar se batendo nas pedras

Subitamente uma queimação no peito, e uma fatal queda.

Um projétil criado pelo homem ceifou seu encanto

Oceano em pranto

Deus pela humanidade se esforçou tanto

Para a vida humana ser banal, ser corriqueira.

É barco de papel que se desfaz na corredeira

E se todos esses barcos desfeitos tivessem chegado a um destino.

Sim todos foram uma menina, um menino.

Tinham um sorriso só deles, tinham uma vida.

Agora são lápides

Muitos são indigentes

Muitos nunca tiveram seus corpos encontrados

Você acha que Deus se faz inerte, calado.

Ele tem o dom da paciência, mais quando soltar os quatro ventos da terra, sentirá um Deus Irado.