A ROSA BRANCA DA PAZ
Jorge Linhaça
Suave rosa branca da paz;
quem dera o teu perfume;
não fosse tão falsificado;
escondendo d'almas o negrume
Quem dera essa verdade
não fosse tão desfigurada.
Quem dera a paz verdadeira;
fosse a paz enfim almejada
Quem dera não te usassem
apenas para se esconder!
Quem dera não te salpicassem;
com seus sonhos de poder
E nas rubras sombras;
que gotejam sobre ti;
não te fizessem espinho;
para a outros tentar ferir
Ah, rosa branca, minha amiga;
quiça um dia possas brilhar;
entre as mais doces cantigas;
e a paz, real, eternizar.
Mas enquanto falarem de paz;
e nas sombras guerrearem;
polutas serão tuas pétalas;
até te despedaçarem.