O mundo todo estava ali no limite do lago
a impor-me um franzir de olhos
para enxergar melhor sob um sol estonteante
um pássaro de pernas aéreas.
Tinha penas brancas, tão brancas,
lindo pássaro, uma orquídea branca
numa haste longa a tornar mais branca
e ainda mais linda a brancura que balançava
devagar, bem devagar...
Ali estava o mundo num único instante,
sem pretérito e sem missão,
em que tudo - em paz - podia acabar.
Na floricultura fiquei parado certo tempo,
segundos talvez,
até que exauriu-se aquele olhar para a orquídea.
Então comprei violetas.
a impor-me um franzir de olhos
para enxergar melhor sob um sol estonteante
um pássaro de pernas aéreas.
Tinha penas brancas, tão brancas,
lindo pássaro, uma orquídea branca
numa haste longa a tornar mais branca
e ainda mais linda a brancura que balançava
devagar, bem devagar...
Ali estava o mundo num único instante,
sem pretérito e sem missão,
em que tudo - em paz - podia acabar.
Na floricultura fiquei parado certo tempo,
segundos talvez,
até que exauriu-se aquele olhar para a orquídea.
Então comprei violetas.