Meu Ninho

Quero o colo da poesia.

Enfraqueci-me em demasia.

Aborreci-me muito por demais.

Não estou podendo ler jornais.

Quero me deitar um pouco, sob seus cuidados.

Ser teletransportado para o seu mundo exacerbado,

Onde o sentimento é ávido

E o bem, impávido.

Sob sua proteção,

Embarco em outra dimensão.

Afino-me.

Refino-me.

Sobre o seu chão,

A vida não é essa pálida alusão!

São amigáveis as pedras.

Instantâneas as primaveras!

Em seus jardins,

Proliferam frutíferas árvores de sins...

Florescem os apoios.

Vaga-lumes passeiam em comboios.

Suas cercas de puro perdão,

Drenam toda e qualquer desilusão.

Filtram as emoções.

Protegem as melhores sensações.

Seus rios fluem desinibidos,

Céleres meninos...

Em águas sacralizadas,

Sob tutelas sagradas.

Pela evolução da existência,

Dobram seus sinos,

Sobre profundos abismos,

Expandindo as consciências.

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 01/07/2010
Reeditado em 01/07/2010
Código do texto: T2351300