guadiã minha
vento e solidão
açoitam eucaliptos
machucam a carne
desferem seus golpes
no inverno cruel
frágil vida
vítima fatal do tempo
jogada como peão
no tabuleiro xadrex
da existência
onde me debato
procura minha alma
neste vento vespertino
sobras de você
meu rascunho de anjo
cujas asas
DEUS não desenhou
mas que ainda assim voa...
sempre,sempre,sempre