O SOL NA JANELA
debalde os raios intensos
esmaecem já seus ardores
tisnado em nuvens densas
na opulência de seu reinado
cinzas ficam seus véus áureos
encolhe-se na timidez
e, pusilânime, reflete
caindo, vencido, exangue
a majestade em seu ocaso
divide o horizonte
com o tempo hostil
bátegas d'água não tardam
recolhe seu esplendor
volta ao seu silêncio
triste dia sem calor...