O Voo da Poesia

 

Nada digo, pois o coração é que sussurra.

Meus olhos se enchem de ilusões.

Na busca de paz, mergulho em sonhos utópicos.

Já não almejo ser águia, mas apenas asas.

Talvez nem mesmo asas, mas apenas voo.

Almejo tanto ser, que fico quase ínfimo,

E por ser tão pequeno me integro no Todo,

Ouço música distante, vejo a brisa a tocar as flores.

Imagino uma dança ao vento da copa das árvores.

Misturo a senilidade da alma com a aventura.

Clamo oração e já não digo , apenas invento preces.
A fé congrega-se com a filosofia.
As dúvidas se fazem poéticas
E o desejo de respostas perde-se no relativo,
O breve se faz infinito e o pequeno é grande.
A criança da Criação tem olhos do adulto.
E o jardim do terraço, migra para o universo,
Se faz jardim do cosmo, flores de estrelas.
A razão talvez não conseguirá entender ou saber,
Mas a poesia simplesmente sentirá, se fará presente.
E solo terá nuvens e o céu se fará próximo.
E na solidão de mim, saberei encontrar o Todo.
Olhos distantes, sorriso que foi morar na alma.
 

Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 25/04/2010
Código do texto: T2218613
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