Entregue

Estou agarrado a mim mesmo.

Atento a todos os possíveis sinais,

Da vida, da natureza, dos ancestrais,

Para não me perder no ermo,

Das arrebatadas decisões,

Que representem soluções.

Quero um pouco mais que isso,

Quero satisfações...

Aquelas oriundas das autênticas realizações.

Nunca mais me aceitarei submisso!

Nada mais me acorrentará

Coisa alguma me deterá.

O tufão quer se soltar,

Precisa se liberar!

Seu único desejo é amar...

Cada momento,

Cada fragmento!

Provocar sorriso,

É o verdadeiro juízo!

Não quer saber de trapaças,

Embora seja a favor de pequenas arruaças,

Para desmascarar a famigerada ambição

Que insensibiliza a multidão.

Sou uma onda que se alevantou em alto mar

E vem rugindo a procura de uma praia para quebrar.

É longa, a distância percorrida.

É incomensurável a magia percebida.

Venho arrebanhando mentes,

As mais sensíveis e conscientes,

As discordantes da atual dissonância,

As concordantes com a primeiríssima instância...

Para o exército das celestiais sensações,

As fundamentais percepções,

As mais elevadas emoções...

...Universais constatações!

Entreguei-me à existência,

Ao aprimoramento da consistência.

Irei para onde meu eu superior determinar.

Confio no que a vida me reserva.

O essencial, a alma preserva.

Estou solto no mundo,

Querendo ir fundo

Na essência

Minuciosa dessa cadência,

Que serpenteia

E me incendeia.

O que me importa, é ver meu sol raiar

Do alto,

Do meu último palco.

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 17/04/2010
Código do texto: T2202037