O CHORO DA ALMA
Quando minha alma silencia,
ouço o choro do livro fechado,
do violão deixado de lado,
da semente não germinada,
da música não escutada,
da criança abortada.
Opto pelo silêncio mudo,
que dialoga com meu eu.
Exponho meus segredos,
Liberto meus medos,
numa entrega teatral.
Ouço então o grito do tempo,
pedindo socorro por mim.
Medos e segredos se abraçam,
varrendo meus conflitos,
para fora de mim.