VERSOS OUTONAIS
A cor do sol de outono
Possui raios tão serenos
Que nasce dos muitos olhares.
Grandes, pequenos, intensos
Do verão, já cansados,
Dormentes e esmaecidos
Desejosos de dias amenos.
A luminosidade das manhãs outonais
Bate em portais e umbrais
Vistas, quase sem querer,
Por janelas entreabertas,
Em visões incertas
Mas, cobertas de PAZ!
Nascem dentro da própria alma da gente
Inquieta, esperta... De esperas, somente...
Que, feito pitonisa, um novo tempo pressente
No ardente fulgor sempre presente
Amo a cor e a luz da nova estação,
- em tudo, diferente do findo verão -,
Sentimento que parece maduro
Que escorre como as folhas pelo chão
Anunciando a nova estação...
Com seus semitons ambíguos e imprecisos
Vestindo e tecendo no tear da emoção
Movimentos mais apressados do vento
Que bafeja e anuncia o silêncio profundo
E um poema que brota do meu pensamento
Como uma carícia surgindo placidamente
Registrando o momento certo de ser feliz.
Dueto: JL Semeador e Hildebrando Menezes
Nota: Inspirado no texto original de JL Semeador ‘A COR E A LUZ DO OUTONO’