- SE NO FIM DOS MEUS DIAS

 Condorcet Aranha

 Se no fim dos meus dias,/ teu olhar estiver

há tempo bastante, para os dias de luz,/ descansar em paz
e as verdades sofridas./ todas perdidas no tempo
Sem provar do perdão,/ amenizar o sofrido coração
como posso ser justo?/ se as marcas revives
Se no fim dos meus dias,/ teu amor não resiste
sabendo que algo deixou de ser feito,/ carrego no peito
E ao buscar o sentido da vida,/ morro com um desejo...
meus atos trouxerem desgostos,/os teus marcados no rosto
Não sei onde irei encontrar a calma,/ diante de tanta ressalva
para dormir no meu leito./ farei da vida um deleite
Se no fim dos meus dias,/ estiveres a me olhar
sequer perceber um alguém/ de cujo amor definiu
que me esteja seguindo/ com água destilando
com tamanha insistência,/ nem sei onde e quando
Talvez desse céu surja um anjo fiel,que una nossa fé
tirando da alma a essência,/que a vida nos traz
e no meio dos erros, partindo./ vou caminho seguindo
Se no fim dos meus dias,/ teu amor encontrar
vazio de tudo,/ declino sobre a terra, o luar
ciente que o mundo foi só substrato,/sem concreto o formato
Lamento deixar os meus filhos,/ falarem dos anseios
a passarem no tempo,/ lendo teus devaneios
sonhando ternura./ junto a mim sem amargura

Efigênia Coutinho

Sonia Nogueira

Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 25/03/2010
Reeditado em 25/03/2010
Código do texto: T2158040
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