MIL SONHOS...
Saúdo cantando, as manhãs,
beijo as flores do meu jardim,
sinto o perfume das violetas,
dou meu Bom dia às borboletas...
E as sinto sorrir, para mim...
Com pensamentos positivos,
vou levitando em fantasias,
sentindo nascer, dentro em mim,
mil sonhos que, somente assim,
posso transformar em poesias...
Possuo a calma das montanhas
eternas, belas, imutáveis...
Exalo os perfumes sutís
das lises, boninas, bogaris...
Minha Paz é quase palpável!
É no interior da minh'alma,
do meu coração de menina
que corre descalça na relva,
que come frutas, sem reserva,
no pomar que o Sol ilumina...
Delícia, quando o sumo doce
escorre nos cantos da boca...
Ah, a minh'alma de criança,
que sob a chuva ainda dança,
corre entre enxurradas e poças...
Aí, que encontro minha Paz...
Não deixei morrer a criança,
'inda hoje a conservo, em mim...
É ingênuo, sentir - me assim?
Não é o que me diz, a esperança...
Olhando a abóbada celeste,
as nuvens planando, branquinhas,
árvores altas que me cercam,
presentes que fazem que eu perca
a sensação de estar sozinha...
As violetas, tão pequeninas,
ao Sol dourado, que me aquece,
ao girassol que me extasia,
à brisa, que me acaricia,
agradeço a Deus, numa prece!
Dou graças pela natureza,
pelas matas, rios e riachos,
pelo mar, que é tão fascinante,
pelas estrelas, a lua amante,
pelo amor que me ata em laços...
Obrigada pela alegria,
pelos dias da minha vida,
pelos bons amigos que tenho,
pela família que mantenho,
com meu amor, a mim unida.