CEDER
Nossos egoísmos nos impedem,
não queremos ter humildades,
reconhecer os erros que maltratam,
pois são próprios de égos feridos,
que por orgulhos deixam de ceder.
Seria tão bom que existisse sómente o amor,
e se um dia cairmos em desavenças,
perdoar abrandando corações que choram,
e com isso ressurgir as esperanças,
quem sabe até para solidificar as amizades.
Nunca machucarmos os semelhantes,
pelas vaidades que os orgulhos nos impõe,
e cegam até nossos erros tão evidentes,
com a escuridão das trevas invadindo espaços,
onde poderiam existir sómente claridades.
A raça humana por não ceder nas exigências,
até guerras acontecem nas suas maluquices,
pois por vaidades próprias de corações tão frios,
mutilam corpos e as cidades se desmoronam,
mas suas covardias se escondem em gabinetes.
Não vão empunhar fuzis nas frentes de batalhas,
que deixam aos jovens quando morrem mutilados,
e para as mães só restam lágrimas tão doloridas,
algumas das quais nem um mimo de flores recebem,
pelo filho que morreu por atitudes tão mesquinhas.
Talvez a mágoa acompanhe por alguns instantes,
um áto de ceder por desavenças que nos machucam,
mas a suprema alegria que traz alivios ao coração,
compensam égos feridos que poderiam até sangrar,
e o amor que surge compensa tudo em plenitudes.
20-02-2010