ELEGIA DA PAZ

Nunca tantas palavras belas se escreveram

nunca tantos discursos fúteis se disseram

nunca tantos acenos plebeus se fizeram

em prol d’ ansiada paz ... e a guerra iniciou.

Nunca tantos encontros entre maiorais

nunca tantas cimeiras e foruns que tais

nunca tantas propostas e acordos banais

em prol da trivial paz ... e a guerra continuou.

Nunca tantas encruzilhadas se traçaram

nunca tantos abraços e mãos s’ apertaram

em prol da falsa paz ... e a guerra reacendeu.

É que a nobreza dos princípios caducou

e o sonho do poder aos grandes enredou

qu’ até da justa Paz o mundo se esqueceu !

Frassino Machado

In ODISSEIA DA ALMA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 01/08/2006
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