ELEGIA DA PAZ
Nunca tantas palavras belas se escreveram
nunca tantos discursos fúteis se disseram
nunca tantos acenos plebeus se fizeram
em prol d’ ansiada paz ... e a guerra iniciou.
Nunca tantos encontros entre maiorais
nunca tantas cimeiras e foruns que tais
nunca tantas propostas e acordos banais
em prol da trivial paz ... e a guerra continuou.
Nunca tantas encruzilhadas se traçaram
nunca tantos abraços e mãos s’ apertaram
em prol da falsa paz ... e a guerra reacendeu.
É que a nobreza dos princípios caducou
e o sonho do poder aos grandes enredou
qu’ até da justa Paz o mundo se esqueceu !
Frassino Machado
In ODISSEIA DA ALMA