Regresso

Voltando ao meu mundo,

Percebo como ele é abençoadamente profundo.

Sua base é segura,

Pois a matéria prima vem da altura.

Às vezes, fico um pouco tonto,

Mas não entrego os pontos...

Por mais que me desespere,

Que a decepção impere,

Acabo voltando ao equilíbrio,

Recuperando o brio.

Só sei viver em alegria,

São solares minhas fibras.

Não posso me sentar no sofrimento.

Deixo-me levar pelo movimento.

Lamento, reclamo, blasfemo, choro sem parar

Para me esgotar

E, rapidamente voltar

Ao caminhar.

Não me aceito parado,

Semi-destroçado.

Naveguei muito tempo em águas magoadas

Atualmente vou com a enxurrada

Em sua determinação marítima,

Sem dar ouvidos às críticas.

Tenho a meu favor,

O precioso conhecimento do meu calor.

Sei exatamente porque ardo,

Não carrego mais os tenebrosos fardos.

Libertei-me inteiramente do passado

Para nunca mais ser manipulado.

Minha bagagem atual é leve.

Entendo que a vida é breve

E se quer bem vivida,

Merecidamente enaltecida!

Não há tempo para melodramas

Melhor mesmo é entender a trama.

Respeito sua soberana vontade,

Sua irrequieta criatividade...

Não discuto.

Assumo

E sigo escrevendo

O que vou entendendo.

Aprendi que ela sempre tem razão,

Ainda que se apresente em forma de desilusão.

Sigo com ela,

Apreciando a paisagem da janela...

Tenho em mim, a sensibilidade

E o benefício da sua claridade.

É tranquila minha consciência,

Segura a aderência.

Reconheço o enorme poder

Existente na vontade de crescer,

De evoluir,

Para adequadamente contribuir.

Não posso parar

A não ser para, momentaneamente, descansar.

Confio no universal destino,

Escrito nos estelares hinos.

Não há como me capturar.

A poesia me faz decolar

E voar,

Voar...

Amar!

Voar e amar...

Amar para voar...

...Voar até amar!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 01/12/2009
Código do texto: T1953925