Esquecer-se

Sob o sol,

Abandono o confronto

E me encontro.

Deponho a tristeza,

Recupero alguma leveza.

Relevo o abatimento,

Altero o batimento.

Suavizo a expressão,

Entendo-me melhor com o chão.

Sob seu espaço,

Não me embaraço...

Alinho a coluna,

Temo coisa alguma.

A disposição cresce.

A afeição aparece,

Com sua melhor face...

Como se não bastasse,

O mundo explode em cores,

Em irresistíveis sabores.

Sob o sol,

A existência se encaixa,

A mente relaxa...

O ego dá um tempo,

Entra-se em outro segmento

Mais calmo, por isso mesmo revolucionário...

Mais raro, por isso menos arbitrário!

A pele muda de textura,

A paisagem revela-se como uma pintura...

As potencialidades são máximas,

As necessidades mínimas.

A consciência imprecisa,

Pelo caleidoscópio desliza...

Os músculos relaxados,

Pelos seus raios acariciados...

Perde-se a noção de tempo.

Elevam-se os sentimentos.

A existência se amplia...

É convocada a poesia!

Sob o sol,

Bom é se desprender

E se esquecer ...

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 07/11/2009
Código do texto: T1909744