TODOS SOMOS VÍTIMAS.

Todos somos vítimas.

Não tenho mais unhas

Mas, preciso cravá-las em sua pele e na vida.

Preciso delimitar o meu território.

Fazer um manifesto!

Hoje só existe guerra no Mundo,

Mas as minhas unhas

Seriam cravadas em nome da paz e não da guerra.

Somos vítimas

Somos todos vítimas

Você já pisou em um manguezal?

Você já nadou em um Rio?

Você já mergulhou em uma cachoeira?

Já contemplou o mar, a Lua cheia e as estrelas pela madrugada?

Já sentiu a areia da praia molhada

Na pele suada?

Se ainda não fez nada disso...

É porque ainda não sabe o que é viver...

Não viveu ainda nem um terço da sua vida.

Você só se preocupou em usar drogas,

Depois se preocupou em compra-las.

Você só se preocupou em vende-las,

E o fogo está se alastrando nas favelas e guetos.

Agora tudo foge ao controle,

Mais um dia terminou,

E seu manifesto.

Quem ouviu?

Só você,

Só você,

Só você.

Estava tudo encomendado

Para que você fosse feliz, sim!

Mas, você foi vítima.

Você também foi algoz!

Olha que loucura,

Olha que confusão,

Olha que injustiça.

Nem todos tem o mesmo pão nas mãos...

Andréa Ermelin

21 de outubro de 2009.

Andréa Ermelin de Mattos
Enviado por Andréa Ermelin de Mattos em 21/10/2009
Reeditado em 21/10/2009
Código do texto: T1879411
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