O RETORNO DA PAZ
No decompor do inverno,
nasce a flor primeira,
da semente derradeira,
que o vento esqueceu.
Num momento inaugural,
ofertou tuas cores, sem temores
para perfumar teus dias,
colorir tuas noites,
de paz e fantasia.
Mas o vento, em silêncio,
amputou teu momento,
despetalou tua alma,
deletou tua aura,
derramou teu pranto,
colheu nos lagos teus,
o orvalho que vive em nós.
Invoquei o tempo
que ouviu meu lamento,
e trouxe de volta
a nossa paz.