CADEIA
Quando a lua esgueirando as muralhas prateadas
Desenhando a felicidade, como noites delicadas.
Pintando claves, esfumando nuances escondidas.
Entre pueril ciranda, palavras poéticas desferidas.
Deus soprando um vento, na leve paz harmônica.
Acenando estação da neve, a primavera sinfônica.
E os cabelos do maestro, ondulando aos ventos.
Pipa solta no ar, novelos de soltar pensamentos.
Rolam canções, na quietude, do canto inspirado.
Quando rente, de repente, entendendo o recado.
Aveludados e surtados amores, volitando pelo ar.
Acertando a alma cheio,convidando para sonhar.
Nas mãos do tempo, dualidade e sintonia perfeita.
São as emoções extras, explanando divina receita.
Postada lua, condecorando uma imensidão infinita
Temporada eternidade, silenciosamente assim grita.
Pois em cada flor murchando, dentro da primavera.
Assim nova semente, protegida espécime impera.
Universo Criador, simplesmente levantou revoada.
Linda rotina displicente, de uma cadeia continuada.