A PAZ DE GUARAJUBA
Amo estar aqui neste chão
À natureza é pura sedução
Onde paira e cheira pelo ar
Uma brisa que vem ali do mar
Ela toca em meus lábios a me beijar
Estou magnetizado por este lugar
Sinto a beleza com sua harmonia
E a vontade louca de compor poesia
Nunca vi céu mais estrelado à paixão
Que há décadas eu cantei com violão
Não havia casa e nem uma alma daqui
E bem ali jurei que um dia viria pra aqui
Brilha sol brando ouro amarelo encantado
Águas ora calmas... Ora turbulentas revoltas
Ondas vestidas de espumas banham as areias...
Finas e brancas sustentam longos coqueirais
Arcados pelo vento oceânico que uiva seus ais
A mulata passeia faceira com a bunda empinada
O acarajé cheira dendê e convida no tabuleiro
Enquanto a cachoeira da piscina massageia seios
É a opulência da alegria prazerosa da Bahia
Ah! Não quero mais sair daqui desta magia
Já sou tratado como um verdadeiro nativo
Num verso, numa poesia, sem um motivo...
Volta e meia param para me ouvir declamar
Só falta você ao meu lado para vir me amar
Vem querida povoar e cobrir a minha solidão
Aqui sentirá a felicidade vestida de emoção.
Hildebrando Menezes