A Nascente das Verdades
 
Não se deve confundir
o questionar e as dúvidas
com a blasfêmia.
E qual alívio em descobrir que a fé
independe do culto e da religião.
E não temendo ofender o divino,
criar um humanismo aliado à divindade.
Não necessitando dos altares humanos,
mas curvando-se ao batismo divino.
E por ver-se cheio de certezas banais,
dogmas desmentidos
pela infância da ciência
concluir-se ignorante.
E na ignorância vendo estímulo ao saber.
E longe do orgulho paralisante,
cada parcela de verdade
há de dizer o quanto se é ínfimo.
E na pequenez haverá beleza
ante a grandeza de toda a criação.
Que esteja o ser no pico
de uma montanha a observar
os distantes vales e o horizonte.
E o olhar há de perder-se do corpo
e a mente há de divagar
por espaços impalpáveis,
Quem sabe veja as luzes
que iluminam as galáxias
e desvende os supremos mistérios.
E ante o temor ao desconhecido
que prevaleça a vontade
de filho pródigo da verdade.
E quem sabe assim encontre
a nascente de água pura e limpa,
que mais do que um copo da água
haverá de será um fluir constante e bendito.
Porém, por hora apenas imaginação,
mas o senso que pressente a  proximidade.
Além do entendimento intelectual,
a intuição dos seus abençoados fluídos.
Fazendo-o, embora pequeno,
ter a noção de fazer parte daquilo tudo,
brotando-lhe ingênuo sorriso
por sentir-se muito próximo da felicidade.
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 19/06/2009
Reeditado em 19/06/2009
Código do texto: T1657085
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