A PAZ !
Não é um local ou recanto
Cemitério de silencioso pranto
Ou lápide fria de jazigo
Ou veredicto de um juízo
Nem Igreja com suas preces
Não é lareira que nos aquece
Nem paisagem verdejante
Menos ainda ausência de conflito
Penso que é o dever cumprido
O amor sereno desprendido
Um poema a ser bem escrito
Àquele olhar que te deixou despido
O beijo molhado na chuva
Ou a face ao sol queimando
Pode vir no joelho prostrado
No abraço carinhoso dado
Na canção, no vídeo, no abrigo
Na lealdade de um bom amigo
Que foi em sua defesa
Na comunhão dos ideais
No sorriso franco e aberto
Num verso de improviso
No vento, na brisa, na lágrima
Desafogo de um baita susto
Enfim a PAZ é valente e guerreira
Diferente da preguiçosa com besteiras
Travessuras de armadilhas e rasteiras
Cinismos, inveja, ciúmes e intrigas
É o amor à verdade! É dignidade!
Hildebrando Menezes