Amor selvagem
Há um quê de misterioso
Nesse amor que é tão gostoso
Selvagem, intenso, agreste
No interior da nossa toca
Diferente sobe nas paredes
Arrepia, inebria os teus dias
Parece brisa que beija a face
Como alguém atrás da caça
Vira bicho sensual que traça
Planos delinqüentes de mordaça
Bem melhor que homens de lata
Como quem é refém e te abraça
E imagina, saliva o teu apetite
Pelos lábios, pela boca... Olfato!
Sofre a angústia das esperas
Mesmo viril é doce na entrega
Ao mesmo tempo em que urra... Geme!
Como gata felina com suas garras
No interior mistura doçura e bravura
Ternura e sua ardente candura pura
Oh! Meu doce selvagem animal...
Será que você aí que me lê já sabe
Que ele é mesmo um... Teu igual?!
Hildebrando Menezes