Fuga de Mim Mesmo
 
Dormindo perto
De lindas latas
De lixos azuis
Meio sonolento
Pensando como
Tentar me manter
Afastando de mim mesmo
Ter Paz ,Apraz

Um letreiro
Em vermelho
Jesus Salva!
Em uma cruz
 
Queria tanto arrumar
Uma desculpa
Para fugir de mim
Iria até o infinito
Sem fim para esquecer
O que em minha
Mente vem a ter
 
Às vezes queria
Estar no mar
Alto mar
Onde as ondas
Parecem ter
Tonalidades
Verdes maçãs
Verde é esperança
Poderia encontrar
Mítica sereia
De longas tranças
Levaria-me a Atlântida
 
Eu adormeço
Profundamente
Olhando florescentes
Luzes em vários
Tons de verde
Sinto fome sede
Depois de um tempo
Subitamente
Uma voz ríspida
Grossa
Violenta
Acorda vagabundo!
Ser imundo!
Vá dormir no inferno!
Teu porco devia!
Ser marcado a ferro!
 
Era policial
De uniforme azul
Estou tonto febre forte
O ser violento me empurra
Caio de cabeça no chão
Abre-se um sangramento
Vamos escória!
Ou vou ter de usar poder
Levanto tonto
E caio de novo
Pernas fracas
Sem sustentação
 
Ele tira uma arma
Da cintura e diz:
Quer brincar?
Coloca a arma
Em minha Boca
Acidentalmente
Veio a disparar
Fluxo a Sangrar
Abre-se um buraco
Sangue e cérebro!
Finalmente!
Saio de mim mesmo!
Meu destino a esmo.