A paz de um outro ‘EU’
Penso
Meu mundo em grande sonho
Um vazio finito de possibilidades
Mergulhado em minhas causas
Perdido por meus feitos
Idas e vindas
Sinceras e minhas
Penso
Na eterna inconstância de ser
Um eterno estar pra ficar
E antes que assim possa saber
Tudo passa, tudo sempre passará
Mudar é o fato
Algo como um beijo molhado
Que transformo ao acaso
Em alegria ou fardo
Então digo a mim
Viver é assim:
“O despertar da Alma
Nova face na navalha
Um disfarce perfeito
Meu desabrochar derradeiro”
E antes que perceba
Meu escrito se perdeu
Sobrou a solidão
Na paz de um outro ‘EU’.