Renovação

Meu peito está cheio
Compulsão de ar que represo
Numa frouxa paz que carrego
No cismar e no enleio.

Um grito surdo ecoa
Uma dor que não dói
Inflama e corrói
Pensamento que voa.

Pensar pontuado
De lembrança guardada
Da adolescência velada
No corpo suado.

A doce esperança
Com as cores da mata
Renova a beleza intacta
Da infância, a lembrança.

Agora reviro dentro de mim
E viro transformação
Remexo meu coração e busco
Os sonhos que cheiram alecrim.

E volto sem devaneio
Modifico o que estava feio...
Vou em busca dos sonhos
E os acalento dentro de mim.