O lago em calma
O lago em calma
Cada gota estática, nem ondas, nem vozes,
Reflexão total do mundo que te cerca,
Nem a conta de quantos peixes vive,
Nem mostra de seus limos, suas algas.
Teu brilho ora intenso, ora indiferente,
Só se percebe pelo jogo do sol em nuvens,
Ou no reflexo colorido das grandes árvores,
Ou nos cachos de banana que desenhas na tua tela plana.
Totalmente esparramado nesta grande cama d’água,
Flutuando no teu próprio desleixo,
Coletando as mazelas em águas corridas,
Descansa ao tempo, o seu próprio gosto.