Testamento

Ao frio da manhã,
Seguido do refrescante ardor do orvalho,
Eu deixo os Bom-dias ainda cortados por bocejos serenos.

Ao calor dos dias ensolarados,
Eu deixo o café da manhã cheirando laranja.

Ao amanhecer chuvoso,
Deixo a reclamação cessada pela janela que abriu com o vento.

Às tardes fagueiras,
Deixo meus tempos de guria,
Sempre correndo, sempre brincando,
Sempre sonhando.

Às noites,
Eu deixo as horas esperando o Eclipse Lunar acontecer.

Às madrugadas,
Eu deixo aqueles momentos nervosos estudando.
Não me arrependo deles.


Aos dias que estive na Terra,
Deixo minhas memórias.
O pedaço mais precioso do meu passado.
Karla Hack dos Santos
Enviado por Karla Hack dos Santos em 25/01/2009
Código do texto: T1404165
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