Ergo a minha voz!

Na suavidade desta música,

nos devaneios do fim de tarde,

a paz reside, a luz invade

minha alma extasiada!

Estranho estar em paz

neste mundo febril e alucinado!

Parece até pecado

caminhar sereno

em meio à vã agitação

da multidão enceguecida!

Mas mesmo assim

ergo a minha voz

nesta canção solitária...

nesta hora tão sombria

em que o encanto da poesia

já não faz mais sentido!

Cresceu o joio, cresceu o trigo

e não há mais o que se ocultar!

Os profetas já se calaram,

aguardam o despertar...

E assim sem alarde

transcrevo a paz que me invade

neste fim de tarde em meditação...

neste fim de era em convulsão...

neste planeta desolado

embora destinado

a celebrar a paz!!!

Bernardo Maciel
Enviado por Bernardo Maciel em 10/12/2008
Código do texto: T1327848
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.