Entre o Universo (série Cyndi Lauper)

Mortífera Paz

Cirrculam estrelas, ultrapassam os cometas para continuar a viagem.

Astros prometem desastres, um degradê em azul eu posso chamar de lar.

Uma sonora paz que nunca termina, qual é o segredo de tantos detalhes e talentosa harmonia?

Abraça-me forte com estas fagulhas, para brilharmos em companhia como o planeta brilha! Orquestra celestial e profana, imploro-te como aos Deuses: - faz-me ninar só uma eternidade, e que de meu sono possas colher a firme resposta sem palavras.

Nos reforma pensamento célico e cético... quero num instante deixar ausente todo um mundo de entranhas desiguais.

Cuidado onde põe tuas asas, não caminhe mais entre o universo, mas vigia estes seres que não sabem de si. Cela as frestas do que chamas e gritas amor, levanta tua mão sobre nós, que vou beijar uma última vez este anel... E roubar um ponto, atrasar todo previsto mal.

Criança Guerra

Nós temos pena de suas bocas que não tem expressão maior.

Nos contorcemos pela forma como eles não vêem.

Nós não temos mais toda magia e anel pra dizer um simples sim ao desgostoso acaso.

Nós conhecemos tudo que lhe sucede, as pegadas que transcende e o final do interminável túnel.

Mesmo assim deixaram este inocente bebê sorri, e nas suas partículas de transparecer felicidade é sangue o que brota do espelho, é mais uma alma que eleva os passos, é mais um objeto a decompor-se sem compromisso...

É MAIS UMA MÃE!

É MAIS UM PAI!

É MAIS UM AMIGO!

É MAIS UMA INEXISTÊNCIA ÚNICA DE VERSOS!

É MAIS UMA PAIXÃO QUE SE RAREFAZ EM LIMITES DE SOBREVIVÊNCIA!

Não caminhe mais entre o universo! Ele te mostra tantas coisas que os olhos não suportam temer. As nostalgias da lua são inesquecíveis de se prever.

A espera vira inverno em mero inferno... Continua de olhos fechados pra não se auto-revogar.

Vazia Esperança

A flâmula identifica a vida dentre destroços, o fogo abranda corpos em abraço desumano.

Não caminhe assim tão depressa... Não conheces mais este chão.

Houve tanto, o tanto não foi em vão, do vão só nos resta as propostas.

Uma cálida mão a se levantar... E quem puder olhar, se fizer no horizonte um beija-flor

vai acompanhar esta sublime legião violeta.

Começo é bem melhor que o final... Tudo muda, nada continua igual.

As almas vão em infantaria tratar com o senhor fiel, passam por todas as caras, visitam todas as estrelas, superam todas as púrpuras dores e chegam á graça de uma verdadeira raça.

Os arcos encontram-se abertos, ultrapassem e sintam, ceiem o sabor dos santos.

Recomecem, reacreditem, e tudo voltará a ser visto, cometas e guias, um mundo que se desconhece... Mas existe luz e um brilho sem igual por nós, e por toda nossa face.

Douglas Tedesco – 23/11/2008

Douglas Tedesco
Enviado por Douglas Tedesco em 23/11/2008
Reeditado em 27/11/2008
Código do texto: T1299500
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