PAZ

A verdade tornou-se inquietante,

Inúmeras vidas inocentes ceifadas.

O homem se distancia da Verdade

Imediatistas afrontam a realidade,

E resistentes semeiam a hipocrisia.

Falsos tabus cerceiam a liberdade,

Nostalgia que perfaz esta vã filosofia.

Proezas melancólicas, lixo no abismo.

Interferências misteriosas do destino.

Plantaram a frágil semente da injustiça,

Dos atos profanos numa insana ironia.

Fustigam a harmonia, matam a felicidade

Mutilam a humildade, os ensandecidos.

A esperança teima em abalar corações

Atrevidos sob o dogma da solidariedade.

Chega de tanta violência e impertinência.

Um basta ao sofrimento, à injustificável dor,

Que a paz se consolide como berço do amor.

Pirapora/MG, 15/11/08.