Até mais duas
Um retalho cerebral vagante,
A falar de paz no meio do campo verde,
Gente como todos que estiveram conosco antes,
Semelhantes diferentes viventes,
Cientes de cadê a felicidade adormecida,
Seres de ida certa com mentes ensandecidas,
Viciadas e manipuladas por desejos volantes.
Contrário ao ponto do instante
Sete linhas marcam estrofes e fortes ambulantes,
Naturais como as trilhas percorridas
Em matas com velas divinas.
Mãos e cabeças jogadas em crenças queridas,
Religiões sem registros não estão mortas,
Enquanto coçam as palmas encarecidas...
A poesia amanhã falecida fica guardada,
Até que uma alma encontre-a,
No fundo de um armário aranhoso...
Saudoso é o rosto de um quadro carinhoso,
Porta retrato na beira da cabeça.
Uma foto pecaminosa pula da gaveta
Pelo medo de velhos consolos ou novas silhuetas.
Amanheça e entardeça na ponta da janela...
Foi na rua que nos encontramos,
Colégio em que realmente aprendemos
Ficamos tensos sem recursos didáticos dispostos,
Nossos corpos, velhos postos terrenos,
Serenos até quando com medo,
Vemo-nos na casa dos nossos.