Versos que choram

Nas faces de seus versos choram estrelas pela primavera

No reflexo de um espelho velho a imagem do amanhecer

Discretamente seus segredos vêm com a chuva,

molhando toda a lua pela madrugada.

Restam os seus desejos pelas marés

Néctar de um paraíso a paisana.

As folhas caem ao som de uma canção

O pólen de meu pecado introduzido em seu prazer.

Encanta-me a utopia pelo infinito distante

Bebes o chá da imaginação contínua.

Vagais por toda a sombra da eternidade

Devaneios florescendo em cada rima.

A névoa dançante ao horizonte como céu solene

Ternura faminta que alimenta a sabedoria

Borboleta de sonho faz prece pra minha alma

Aguças o teu silêncio longínquo e singelo

Didiovieira
Enviado por Didiovieira em 01/10/2008
Código do texto: T1206211