Versos que choram
Nas faces de seus versos choram estrelas pela primavera
No reflexo de um espelho velho a imagem do amanhecer
Discretamente seus segredos vêm com a chuva,
molhando toda a lua pela madrugada.
Restam os seus desejos pelas marés
Néctar de um paraíso a paisana.
As folhas caem ao som de uma canção
O pólen de meu pecado introduzido em seu prazer.
Encanta-me a utopia pelo infinito distante
Bebes o chá da imaginação contínua.
Vagais por toda a sombra da eternidade
Devaneios florescendo em cada rima.
A névoa dançante ao horizonte como céu solene
Ternura faminta que alimenta a sabedoria
Borboleta de sonho faz prece pra minha alma
Aguças o teu silêncio longínquo e singelo