NOS LÁBIOS DE TODOS

Estou na serena companhia de mim mesmo
a confabular com minhas reflexões amenas,
a saber como se encontra o velho coração
buscando a ternura ainda não de todo perdida

Lá no recôndito uma vozinha quase apagada,
cujas inflexões parecem abafadas pelo tempo,
sussurra-me algo não de todo audível, fraco,
mas, atento a mim mesmo, entendo; diz: paz!

E repete essa meiga palavra há tanto pronunciada
talvez objetivando torná-la real se repetida,
ou, quem sabe, almeja vê-la nos lábios de todos,
balbuciada, gritada, em explosão, sem peias...

Escuto meu fascinado coração e calo sob lágrimas
fechando os olhos, batendo no peito, chorando...
a paz...por onde andam os pacíficos, os mansos?
Onde a paz se deixou morrer em nossa jornada...?
Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 30/09/2008
Código do texto: T1204719
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