Nós, As pombas
Queríamos conseguir um poder verdadeiro:
sabíamos que nada vive estático
e que um muda ao cruzar o rio
como o rio não volta ser o mesmo
depois de absorver o aroma do nosso corpo
queríamos conseguir uma entrega sem recibos,
livre de preconceitos
e obtivemos falsas caricias
e um controlo do entorno feito a medida, por
vos os outros
que precisam um poder pequeno queimado em dólares,
que enfraquecem sem um titulo, com a dívida no balanço
a porta das universidades
e mais tarde ocupam cargos a conta do sempre amigo
de seu padrinho ou pai
queríamos mimar com palma de ambas mãos violetas
ainda não mortas
e continuamos a espera de alguma anímica reação
baseada como sempre
nos vossos medos estáticos.