LEVEZA D’ALMA

Sinto uma paz, uma calma.

Uma leveza d’alma.

Caminho.

Reparo as flores.

Todas.

Se existem espinhos?

Existem.

Fazem parte do caminhar.

Reparo nos pássaros.

Tão felizes a voar.

Reparo no ar.

Existe um perfume que chega a me embriagar.

Abro os braços.

Rodopio.

Sinto um arrepio.

É tua presença que sinto.

Que pressinto.

Pai, eu vivo hoje em dia uma vida tão outra.

Eu vivo esta minha liberdade.

Esqueço de tudo.

Até de minha idade.

E danço em plena rua.

Fico fascinada com a lua.

Se sempre fui poeta agora eu não mais me seguro.

Encontrei meu porto seguro.

Nos braços do infinito.

Nos braços do tempo.

Nos braços deste ser que sou.

Não importa o que vem, o que já passou.

Sinto uma leveza d’alma. Estou calma... estou.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 16/07/2008
Reeditado em 27/04/2011
Código do texto: T1082579
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