DESPERTAR

Abro ao olhos ainda na escuridão.

Lentamente raios

Verdes-amarelos-brancos-azuis

Se agrupam na minha janela.

O manto púrpura do dia

Expulsa a negritude da antemanhã

E a Aurora abre os braços

Para me receber.

Sinto-lhe o calor

E o pulsar da vida,

Ouço cantos coloridos.

Arautos da liberdade

Desfilam no espaço ainda opaco.

Milhões de pingos de prata

Saúdam Sua Majestade

Para depois se esconderem

Como crianças peraltas.

Um cão ladra, um ônibus passa,

Anjos de carne e osso brincam

No pó da terra.

Um cheiro no ar, um vento,

Um véu escuro ofusca a presença do Rei.

Os súditos cumprem seu papel

Súditos que vivem na Terra,

Súditos que brilham no Céu!

(José C. Ligeski/2005)

Ligeski
Enviado por Ligeski em 29/06/2008
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