Soou vento noturno e frio
Em outra madrugada a descuidar
Do tempo, do momento, de um vazio
E a repentina brisa a me afagar
Senti a vida, nas mãos, esvaecer
Crescia mais do um menino
Brincava Eras, chorando ao entardecer
Me descuidando ao breve desatino
Mas, sempre ali, estava, alado Ser
Revolto e desenvolto ao coração
Pregava tênue, e singular mensagem
Vivia ali, a mais doce paixão
Olhando agora, todo o teu passado
Cabelos, rosto e aquele olhar
Lembrei ser filho, lembrei de ti
Menina mãe, um anjo a me guardar