À insônia.

Sob o barulho da água, sob a mira de três pares de olhos

Procuro o sono, que à mim é estranho...

O descanso, fuga , o descaso com que penso.

Que sonhar contigo não é bom, mas é o que tenho, me adoecem.

Me fitam os olhos, inquietos, pois deles sou dono.

Os alimento e mantenho, soberano, sou deus...

Apenas eu, é o que sou...

Um homem cansado, de muitas coisas, que não pode

ou não quer...

dormir.

Palavras confortam a mente, afagam à alma

Atenuam a tristeza intrínseca.

Por isso as coloco, as jogo no mundo, órfãs.

As amo, como a muito não o faço, pois nada mais é o mesmo.

Já não sei o que é amar... não sei se um dia soube.

Não sei...

Durmo.

L>K