SENHORA DE MUITOS AMORES!
(Ao Poeta Nicolas Behr, que de modo jocoso,
ironiza e exorciza as mazelas desta bela Brasília)
Admiradores, tantos, sei que ainda tens
Mas amores de verdade, quem?
Por seu motivo, a te bajular, cada qual
Tiveste o amor de JK, teu idealizador
Desde o projeto, ainda no pensar
Naquela prancheta de empoeirada cor
Da parceria do Lúcio e do Oscar
Prontos em te dar amor, tudo de bom
Encarregados de te dar da vida, o bem!
E do gigante ao arrumar-te a cama
Cortando a relva do lugar-morada
Sayão, um rapazola audaz, teu namorado
De um Israel-Pinheiro, à beira da estrada
Dois pretendentes a te cortejar
Ainda o Dr. Silva, a te examinar
Heliodoro que ainda hoje te defende
Há pouco nos contou de quando nascestes
Das noites mal dormidas no apoio ao Fundador
Recebe hoje homenagens merecidas
Conta que um dia de manhã, ao regressar, viu
Que estavas muito bela debaixo de neblina e frio
Com teus Palácios a reluzir ao sol, irradiavas vida
Também o Coronel te tem muito amor!
Eras mocinha, ainda bem pequena
Ainda recordas, ser medida à trena
Amores do passado, que deixaram fama!
De amores dúbios, nem se fala agora
Tantos que passaram sem nenhum respeito
Não citarei nomes de autores do mal feito
Te violentaram, canalhas que foram
Andam por perto, querendo outra vez
Roubar-te valores, na tua viuvez
Guarda-te, senhora pra quem te mereça
Expulsa os intrusos, sem nenhum valor
Da tua cama, os falsos amores, seja lá quem for!
Sobradinho-DF, 15/04/08