TRIBUTO À MULHER CIGANA
Cigana não chora
Transforma lágrimas em poesias
E a tristeza se converte
Em harmoniosas melodias.
Cigana seca as lágrimas dançando
Ao redor de uma grande fogueira
Simulando enorme labareda
Requebrando como odalisca faceira.
Acalanto de cigana é pandeiro
Estende as mãos à liberdade
Cigana canta, dança e toca
Libertando do peito a saudade.
Lágrima de cigana é oração
Súplicas em notas musicais
Mistério jamais revelado
Retido nas pálpebras angelicais.
Cigana não chora
Retém pranto no altivo olhar
Imponente ergue os braços a bailar
Qual feiticeira nas noites de luar.
( 05/02/2008)
(Poesia dedicada à cigana e poetisa Jade Camargo)