TRIBUTO À MULHER CIGANA

Cigana não chora

Transforma lágrimas em poesias

E a tristeza se converte

Em harmoniosas melodias.

Cigana seca as lágrimas dançando

Ao redor de uma grande fogueira

Simulando enorme labareda

Requebrando como odalisca faceira.

Acalanto de cigana é pandeiro

Estende as mãos à liberdade

Cigana canta, dança e toca

Libertando do peito a saudade.

Lágrima de cigana é oração

Súplicas em notas musicais

Mistério jamais revelado

Retido nas pálpebras angelicais.

Cigana não chora

Retém pranto no altivo olhar

Imponente ergue os braços a bailar

Qual feiticeira nas noites de luar.

( 05/02/2008)

(Poesia dedicada à cigana e poetisa Jade Camargo)

Artemis Romni
Enviado por Artemis Romni em 06/04/2008
Reeditado em 01/09/2015
Código do texto: T934455
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