A CANÇÃO DAS FLORES

Passos firmes ressoam,
Nas calçadas da cidade,
As horas não perdoam,
Passam com verticidade.

E o dia torna-se pequeno,
Entre as curvas e as retas,
Percorridas pelo olhar sereno,
De um incansável poeta.

Que canta a canção das flores,
E se entrega de todo coração,
Aos labores – sonhos multicolores,
Anseios da sua nobre Ribeirão.

Fantasia que surge na mente,
Poesia que urge – reivindica o seu lugar,
E o poeta então sente,
A necessidade de voar.

Aferido pela intensidade,
Então, voa... E pinta na amplidão,
O rosto vívido da liberdade,
Com arte e gratidão;

De ser com simplicidade o que é,
De ter o dom que do criador vem,
E poder continuar de pé,
Plantando a semente do bem.
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Na busca da igualdade cultural,
Rebuscando sempre um algo mais,
Você não esconde o amor atemporal,
Por esse cantinho de Minas e Gerais;

...* Meu caro, Mauro José de Morais.
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* PRESIDENTE DA ACADEMIA DE LETRAS CIÊNCIAS E ARTES (ANELCA); UM GRANDE AMIGO.