UMA FLOR CHAMADA INGRID

À minha sobrinha

Com incansável admiração contemplo o início,

Para o mundo, de mais uma vida simples e comum;

Para mim, de uma incrível beleza desde o princípio.

Sinto-me indigno em sua presença, tamanha a inocência;

Sinto minha alma sendo esvaziada, e preenchida com igual pureza;

Desconhece o ódio, mas já lida com o amor com inefável eficiência.

Por quanto tempo esse belo coração continuará impenetrável,

Protegido contra as frias garras da cruel Maldade?

Por quanto tempo permanecerá esse olhar tão amável?

Ela não foi feita para este mundo,

Uma linda flor que nasce num lugar tão imundo

Mas não há o que temer, os próprios anjos quiseram assim

Pois ela transforma tudo a sua volta no mais belo jardim.

J A Dorriguello
Enviado por J A Dorriguello em 06/03/2008
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