Exilada nas masmorras

à Boneca violada

Ela, senta no sepulcro da presença

da carniça nobre de alma sebosa

Ela, modela fantoches sem esperança

testes-falho de natureza medrosa

Ela, cativa na lentidão de um pesadelo

o espectro dos objetos inertes à noite

Ela, pequena e simplória como o dolo

ensina ao abutre da cor extrair o escarlate

Ela, substituíu em Pierrot a prosa

as mesntiras escondidas no armário

Ela, tolhida em funesto sudário

apaga o fogo da fulgaz lacrimosa

Ele, levou à força e medo, devorada,

deixando o pudor furtivamente estremecer

Ele, espera-te em cada adormecer

mas recua ao ver tua face levantada

Shades
Enviado por Shades em 26/02/2008
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