Eu, saudoso
Ao Poeta Affonso Romano de Sant'Ana
Eu
sonolento
vir a poesia vindo
traçando sentimentos
para serem diluídos
no límpido papel.
Eu
acordando
retirei de minhas ilusões
o clamor inocente
do poeta que vinga a dor
amando muito
observando estrelas
em noites de verões e
martírios.
Eu
comovido
acenei um até breve
ao amigo poeta
colega de sensações
que partiu
e avivou-se numa terça
de carnaval
terça de vale a carne
e a alma adormece
na mítica oração
de um buscador de preciosismos
aforismos e brasilidades.