Mestre da Vida e da Eternidade
Partiste, Silveira, mas tua luz não se apagou,
No céu das memórias, tua história reluziu e ficou.
Com mãos que curavam e olhos que viam além do véu,
Desvendavas sombras, revelando o caminho ao céu.
Setenta e um anos de vida, tão breve para quem tanto fez,
Milhares nasceram, milhares viveram porque Deus te escolheu.
Obstetra divino, ultrassom era teu escudo,
Na arte de salvar, foste exemplo e tudo conduziu.
Teu legado é eterno, como rios que nunca secam,
Três filhas herdeiras dessa chama que jamais esmorece.
Duas já seguem teus passos, com jalecos e ciência,
A terceira em breve, completará esse elo de excelência.
Seis mãos agora carregam o dom que em ti habitava,
Um gene de amor, de cura, que o tempo não levará.
Quantas vidas ainda tocarão, quantos corações salvarão,
Porque em cada gesto delas, tua essência ressoa
Mas não foi só na medicina que deixaste teu traço,
Foste exemplo maior do que significa ser humano.
Ensinar, multiplicar, dividir sabedoria,
Mostraste que a vida é mais que uma simples jornada vazia.
Hoje partes, mas não morres, pois vive em cada um de nós,
É eterno, imortal, como estrela sem fim.
Levas contigo pedaços de nós, que choramos tua partida,
Mas deixas em nós um pedaço de ti, que jamais será perdido.
Voa, Silveira, voa para os braços do Criador,
Aquele que te deu o dom supremo, o dom de ser amor.
Lá encontrarás paz, descanso após tanto lutar,
E aqui ficaremos, tentando seguir teu legado a honrar.
Que tua história seja contada em versos e prosas,
Como prova de que a vida é bela quando bem-disposta.
Silveira, Silverinha, mestre, amigo, pai, médico, irmão,
Na eternidade, és agora a própria constelação.
Voa, Silveira, voa para os braços do Criador,
Lá, encontrarás descanso,
Aqui, serás sempre lembrado,
Como estrela que nunca se apaga,
Como um homem inesquecível
Em homenagem ao nosso Ilustre Médico Antônio da Silveira. (25 de fevereiro de 2025)